Mais uma atuação madura do Inter, desta vez na Vila Belmiro lotada, contra um dos candidatos a título. O empate em 0 a 0 não diz o que foi o jogo. O Santos, de Jorge Sampaoli, buscou sempre o ataque. É o seu estilo. Mas não conseguiu se impor diante de um Inter bem organizado para se defender e reagir, mas sem jamais se retrancar.
Houve chances dos dois lados. O Inter teve gol bem anulado pelo VAR. O Santos teve pênalti corretamente desmarcado pelo VAR, como o próprio Rodrygo afiançou no fim do jogo. O olhar eletrônico fez justiça à verdade do campo.
Empatar fora com o Santos é ponto somado. O que o Inter terá de fazer, necessariamente, se quiser ser campeão, é ganhar dos médios e pequenos como visitante, além de seguir imbatível em casa. Há um ano, se a tabela marcasse jogo graúdo sem Moledo, Dourado, D’Alessandro e até Patrick, qual seria a previsão? Derrota, claro. Hoje, não.
Mesmo com desfalques severos, o Inter poderia perfeitamente ter vencido. Opções a eles foram construídas coletivamente. Odair Hellmann navega entre o 4-1-4-1 para o 4-2-3-1 com naturalidade, conforme adversário e contexto.
O Inter se tornou competitivo. É um dos que ainda podem perseguir o Palmeiras. Isso se o time de Felipão vacilar em algum momento, o que hoje parece difícil.