Como se sabe, a premiação da Libertadores aumentou muito este ano. Em 2019, a Conmebol distribuirá US$ 161,9 milhões aos clubes participantes, um aumento de nada menos do que 56% em relação aos US$ 103,85 milhões de 2018. Vaga nas oitavas de final paga, esse é ponto a tratar, US$ 1,05 milhão. Ou, na desvalorizada moeda brasileira, cerca de R$ 4 milhões.
Os gols de Paolo Guerrero contra o Palestino, portanto, renderam milhões aos cofres colorados. O Inter já não controlava mais o jogo. Parecia condenado a, no mínimo, viver a repetição do filme com o River Plate, quando a vitória escorreu pelos dedos após meia hora de futebol luxuoso. Então, no momento mais duro, Guerrero subiu de cabeça entre os chilenos e garantiu o 3 a 2.
Se o peruano ganha mesmo R$ 500 mil mensais, incluindo luvas, só o gol da vitória (o seu segundo na partida) sobre o Palestino, o da classificação às oitavas de final da Libertadores, paga-lhe oito meses de salário.
Mas imaginemos que ele ganhe mais do que dizem, para efeito de raciocínio. O voo entre os zagueiros chilenos bancará quanto dos três anos de contrato, o chamado Custo Guerrero? Seis meses? Antes da estreia, o presidente do Inter, Marcelo Medeiros, disse-me que ele vinha puxando uma onda de associações.
É fato: por enquanto, Paolo Guerrero, 35 anos, está se pagando. O contrato é de três anos.