O técnico do Rosario Central, Paulo Ferreira, faz mistério para escalar o time que enfrenta o Grêmio nesta quarta-feira (6), na estreia de ambos na Libertadores. A imprensa argentina cogita time misto. Desconfio que tais dúvidas nada têm a ver com estratégia, e sim pânico.
Com 10 jogos sem vencer, dois sob o seu comando, após Bauza ser demitido, Ferreira parece não saber se casa ou toma uma Coca-Cola. Está perdido. Além do mais, convenhamos: como pode um time que não ganha desde novembro do ano passado exibir uma equipe titular?
A verdade é que ninguém sabe ao certo quem seriam os tais "titulares" essenciais do Rosario. E, sendo assim, desconhece também os "reservas". Estão todos, ou boa parte deles, buscando vaga com o novo treinador.
Um time se encaixa ganhando. Quando perde de vista o que isso significa, mudanças acontecem. É como se encontra o Rosario Central: trocando jogadores a cada desafio em busca de um rendimento que não chega nunca. Nunca vi, pelo menos, 11 titulares conquistarem posição perdendo uma após a outra.
Por isso, a maneira como o Rosario virá não importa. Admitamos, ao menos, que os argentinos alterem o seu foco, mirando guerra na Superliga Argentina, onde têm de somar pontos nas últimas rodadas caso não queiram entrar 2020 com muita chance de rebaixamento.
Enfrentar um suposto time titular cuja escalação se repete em fracassos seria até melhor. E se quem vem do banco faz da partida de quarta um prato de comida? A verdade é que o Grêmio é favorito pelos seus méritos.Tanta faz como vem o Rosario. Não é garantia de triunfo, eu sei. Jogo jogado não existe em Libertadores. Mas, no mínimo, dá mais confiança ao expediente Grêmio se Renato.