A maneira como uniu sustentabilidade financeira e taças no armário em um cenário de crise nacional aumentou a curiosidade da classes empresarial para ouvir o que tem a dizer o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan.
Chovem convites para palestras, seminários e almoços com debates.
— Atendo sempre que posso — disse-me o presidente gremista. É claro que a maioria ele tem de recusar.
Pois uma dessas oportunidades acontece nesta segunda-feira, no salão nobre do Palácio do Comércio, sede da Associação Comercial de Porto Alegre. O tema da palestra: "Futebol e gestão: paixão que movimenta milhões".
Em 2018, o Grêmio fechou o ano com superávit de cerca de R$ 70 milhões. Vendeu Arthur e contou com os R$ 100 milhões da TV, é verdade, mas são receitas criadas pelo clube. Para este ano, a previsão também é de fechar as contas sem gastar mais do que a arrecadação.
Logo ali adiante, o clube negociará Everton por, talvez, ainda mais do que os 30 milhões de euros recolhidos por Arthur. Lá atrás, vendeu Pedro Rocha. E, antes, Walace. O Grêmio tem feito receita gorda com a base, mas para tanto a reformulou.
Enfim: todos querem saber qual é a fórmula de Romildo Bolzan para driblar a escassez e erguer taça em um tempos tão difíceis, ainda mais após 15 anos de jejum.