Com um jogo, é impossível sentenciar sobre o jovem Nonato. Mas já dá para dizer que se trata de um meio-campista cujo estilo o Inter não tem no grupo.
O volante de 20 anos marca e se mexe o tempo todo. Seu jogo é o do passe, curto e médio. Ele domina, toca e busca o espaço para receber de volta, oferecendo uma dinâmica diferente, de movimentação.
Jogadores assim são essenciais na transição, tarefa que o time colorado sofre para cumprir com naturalidade faz algum tempo. O Inter deveria procurar mais "Nonatos" para a base, conceitualmente falando.
Os times que ganham títulos têm qualidade de sobra na transição. Não digo todos, vá lá, mas a esmagadora maioria. A primeira impressão de Nonato, descoberto no São Caetano e cujo contrato se encerra no fim de 2019, foi interessante por isso.
Ele representa uma possibilidade de algo novo para o Inter. Rodrigo Dourado, Edenilson e Patrick exibem características menos acentuadas nesse sentido.
Se Nonato vai confirmar ou não são outros 500. A oscilação dos jovens da base é comum, vale dizer. Ocorrerá com ele também. Pode ser que nem repita a boa atuação da estreia contra o Caxias, no lugar do expulso Edenilson.
Mas eu, se estivesse na pele dos dirigentes do Beira-Rio, tratava de garantir sua contratação desde já. Vale a aposta, nem que seja para explodir mesmo não nessa, mas na próxima temporada.