Valeu para Guerrero, vale para Tardelli, ainda que em cenários e situações distintas. Passada a euforia pelo esforço financeiro de fechar uma grande contratação, é hora do obstáculo final. A realidade nem sempre dialoga com a teoria.
Às vezes, nem se falam. Tardelli terá de se adaptar ao calendário lunático do Brasil. Não entra em campo há dois meses. No ano passado, o Shandong Luneng jogou 38 vezes. O Grêmio, 67. É uma diferença monstruosa. Isso sem falar na pressão.
Aqui a corneta pega geral já no primeiro jogo. Lá, a paciência budista aceita esperar. Nos anos 1990, o Flamengo formou o trio Romário, Sávio e Edmundo. Com tanto talento reunido, os flamenguistas diziam que era o melhor ataque do mundo. Não tinha como dar errado. Mas deu.
Na teoria, Everton, Luan e Tardelli largam como estrelas do melhor ataque do Brasil. O momento histórico do Grêmio fornece indícios de que vai funcionar. Só que, até Tardelli finalizar o seu trabalho de recondicionamento para ver com os três interagem, reinará grande expectativa. A curiosidade é nacional.