O Inter bateu a marca dos 100 mil na década dourada de títulos, na virada do milênio. Manteve, entre idas e vindas, mesmo na má fase. Hoje soma algo em torno de 113 mil.
O Grêmio, no embalo do tri da Libertadores, aproxima-se dos 95 mil. Há uma onda crescente de associações no Tricolor, apesar dos rolos envolvendo Grêmio e OAS em torno da Arena. Logo ali adiante se consolidará na casa dos 100 mil, talvez até esse ano.
As receitas do quadro social não rivalizam com as da TV ou venda de um craque feito Arthur, mas são receitas fixas importantes que Grêmio e Inter sempre tiveram adiante de seus rivais no país.
Sozinhas, bancam um naco da folha salarial, raramente abaixo de R$ 8 milhões mês. Se um vive momento histórico mais protagonista, caso do Grêmio, esse custo naturalmente sobe. O grupo se valoriza e, para manter estrelas, o jeito é abrir o cofre.
O Inter pós-Série B gasta menos, mas nem tanto. O fato é: quem se associa sabe que está ajudando a fazer time e se manter grande. Inter e Grêmio foram pioneiros no que diz respeito a sócios. Sempre trabalharam com estádios próprios, e não municipais ou estaduais, como Mineirão, Pacaembu ou Maracanã.
Somente agora os paulistas se deram conta da força de ter casa própria. É só ver o impulso que Itaquerão e Allianz Parque deram a Corinthians e Palmeiras. Galo e o Flamengo namoram estádios particulares. Há projetos aprovados pelos conselhos deliberativos, mas eles nunca saem do papel.