Sem Everton e Luan, seus dois melhores jogadores, o Grêmio encarou a força máxima do River Plate e, em noite perfeita, venceu por 1 a 0 em Buenos Aires. Todo esgualepado, na superação, na maturidade e na inteligência, deu um passo do tamanho do Monumental de Núñez rumo a mais uma final de Libertadores.
Renato Portaluppi deu um nó tático em Marcelo Gallardo. Na escassez de alternativas, o técnico Renato formatou o Grêmio no 4-1-4-1, com Michel, a surpresa, entre as linhas. Atrás de Jael, alinharam Ramiro, Maicon, Cícero e Alisson. Uma estratégia de emergência, abrindo mão da posse de bola e apostando tudo no jogo aéreo, o ponto fraco do River. Assim, impediu a pressão avassaladora prometida por Marcelo Gallardo.
Por dentro, os habilidosos e leves jogadores argentinos encontraram um paredão. Quando respiravam pelos lados, os extraordinários Geromel e Kannemann cobriam e venciam no mano a mano. O primeiro tempo termina com supremacia azul. Sem chance de gols para os dois lados, mas com o Grêmio até finalizando mais.
No segundo tempo, o cenário não se alterou.
Tanto que Gallardo, antevendo a derrota, mexe em seu time. Troca o inoperante Scocco por Pratto, minutos antes do golaço de cabeça de Michel, exatamente da maneira como Renato projetou. O River é ruim no escanteio. O 1 a 0 nasceu assim. Nada funcionou no River, que não teve uma chance sequer de gol. Tudo deu certo na noite épica do Grêmio.