Os clubes brasileiros têm a chance de mostrar que podem se unir de verdade, ao menos uma vez, pensando além do próprio umbigo e se cacifando politicamente junto à Conmebol. Basta que Palmeiras, Grêmio, Flamengo e Cruzeiro somem esforços para reverter a expulsão de Dedé contra o Boca Juniors, tal o absurdo do que aconteceu, com árbitro de vídeo e tudo. Até os argentinos ficaram perplexos com a expulsão.
A consequência violenta do choque com o goleiro na Bombonera nada tem a ver com deslealdade. Assim como Andrada se deu mal e quebrou a mandíbula na disputa pelo alto visando a bola, a vítima poderia ter sido o zagueiro. É só olhar a imagem. Como pode existir dúvida?
O ideal seria também São Paulo, Inter e Atlético-MG, que disputam vaga na Libertadores em 2019 cerrarem fileiras, tipo "eu sou você amanhã". Mas não vai acontecer nada. Os interesses individuais prevalecerão, e isso vale para todos. Anote aí: haverá silêncio tipo "não é comigo. Inclusive dos clubes que estão na disputa este ano.
Se a Conmebol reverter a expulsão será por constrangimento, e não ação ordenada e valente dos nossos clubes, que sempre colocam questiúnculas individuais à frente de um bem coletivo maior. Tomara que eu esteja errado, mas tem sido assim. Mano Menezes tem razão em reclamar, mas como ele reclama sempre, tenha ou não razão, quando chega em uma situação assim, perde crédito.