Um Inter cirúrgico e implacável soube se aproveitar do mau momento do Fluminense e, com um jogo de contra-ataque de altíssimo nível, exterminou os cariocas no Maracanã com três belos gols e mais uma atuação de luxo de Nico López.
Seus dois gols lembram tacadas de bilhar com força, no cantinho, sem chance para o pobre goleiro Júlio César. O que terá feito Odair Hellmann para tirar de Nico o que outros treinadores não conseguiram? Talvez uma sequência de sete jogos seja a explicação.
O Inter fez um jogo inteligente. Até teve alguma dificuldade de transição no meio-campo. Errou passes, mas compensou com uma eficiente marcação alta, forçando o Fluminense a equívocos.
E, a partir daí, com muita qualidade para encaminhar contra-golpes, goleou por 3 a 0, todos desenhados com inteligência, boas assistências e finalizações mortais. Solidário na defesa, sua grande virtude, o Inter nunca deixou o Fluminense pressioná-lo no Maracanã.
Rodrigo Dourado deu um show à frente da zaga, desarmando e iniciando jogadas. Sornoza não viu a cor da bola. Patrick e Edenilson formaram uma fortaleza por dentro e ainda conseguiram avançar na hora certa.
Fico a imaginar como será a estreia de Guerrero no Beira-Rio, contra Paraná. Ele terá a responsabilidade, quem diria, de se colocar à altura da campanha que seu novo time exibe no Brasileirão, e não o contrário. Até onde vai esse surpreendente Inter?