A Seleção Brasileira jogará toda de azul contra a Costa Rica, na sexta-feira, em São Petersburgo, 9h (horário de Brasília). Não vai mudar nada no resultado do jogo, é claro, mas muita gente pergunta qual o motivo para o Brasil abandonar o amarelo, já que o uniforme principal da Costa Rica é vermelho, duas cores totalmente distintas.
A resposta: arrogância da Fifa. Será um jogo com os dois países atuando de uniformes reservas. Totalmente ilógico.
Dona da Copa, a Fifa manda e desmanda em tudo neste período. Muda leis nacionais, para permitir cerveja nos estádios e afagar seus patrocinadores, por exemplo. Na Rússia, é proibido beber na rua, mas nos estádios está liberado via Fifa. No Catar, em 2022, onde a proibição é mais expressa ainda, será franqueado também. Danem-se as tradições religiosas. Isso sem falar em outras ordens: vias, estruturas temporárias.
Por que não mandaria nos uniformes, dando pitaco até nas meias?
O Brasil já enfrentou a Costa Rica em Copas, em 1990 e 2002. E sempre de amarelo.
Mas, desta vez, a Senhora Fifa decidiu que o Brasil vai todo de azul. A Costa Rica, que já jogou até de branco e preto em 1990 diante da Seleção (parecia a Juventus, de Turim), lembra o José Alberto Andrade, da Rádio Gaúcha, vai de branco.
Em 2002, naquela partida do gol de bicicleta de Edmílson, 5 a 2 para o Brasil, os costa-riquenhos atuaram de vermelho, seu uniforme principal. Dava para repetir nesta sexta-feira, amarelo contra vermelho, é claro.
A explicação não se sustenta: facilitar os contrastes de cores para distinguir jogadores, na TV e no campo. Como assim, se já foi diferente em outras Copas?
A Fifa pode mandar até nas meias dos times. Avisa bem antes, vale ressaltar. Mas a decisão aleatória dos uniformes de cada seleção é mais uma prova de como a Fifa adora tratar o seu grande evento com poderes ditatoriais, sem se importar com os países.