Contra Arthur, pesou a lesão que o atrasou no melhor momento, ano passado. Se ele tivesse enfrentando o Real Madrid com o mesmo vigor de Geromel, pode apostar que estaria na Copa da Rússia.
Ali, em Abu Dhabi, o zagueiro do Grêmio mudou de patamar aos olhos da comissão técnica da Seleção Brasileira. Enfrentar Cristiano Ronaldo com desenvoltura e naturalidade deu o verniz de Europa a ele.
Naquele mesmo jogo da final do Mundial, Luan sumiu. Não esteve bem. Foi engolido pela defesa do Real Madrid. Perdeu espaço por não ter vivência de Europa, na régua altíssima dos eleitos com mais potencial ofensivo.
Ainda sobre Arthur, vale lembrar: está na cara que o volante apoiador terá vida longa nos próximos ciclos da Seleção, com a experiência de Europa que o Barcelona lhe proporcionará. A nova lesão, que o afasta dos gramados por mais três semanas, apenas carimbou a decisão de Tite em não levá-lo.
Repare que a lista dos 23 jogadores anunciada por Tite é quase inteiramente estrangeira. Só o gremista Pedro Geromel, mais os corintianos Fagner e Cássio jogam no Brasil. E, não por acaso, serão reservas da Seleção.