Foi daqueles jogos de gravar e ver com calma em casa, com certeza o melhor do campeonato em duas rodadas. Grêmio e Atlético-PR buscaram o ataque com força e fé, condenando o balão ao porão eterno das mediocridades. A troca de passes foi sempre a primeira e também a segunda opção.
Os dois técnicos, Renato Portaluppi e Fernando Diniz, assumiram riscos. Só o fato de superar o campeão da Libertadores em posse de bola, dentro da Arena, na maior parte do tempo, já impõe um elogio ao Atlético-PR. Que joga com três zagueiros (um deles é volante: o chileno Pavel) e avança em bloco com muitos jogadores em seu 3-4-3.
Quem esteve sempre mais perto de abrir o placar foi o Grêmio. Chance clara, a rigor, o Atlético-PR teve uma, com Guilherme, rente a trave. O Grêmio concluiu muito mais: 20 a 5. A expulsão de Camacho, a 27 do segundo tempo, redesenhou o duelo.
Já com Alisson no lugar de Leo Moura desde o intervalo, Renato armou uma blitz: trocou Arthur por Jael, mantendo André. O empate em 0 a 0 é tropeço por ser em casa só na teoria, mas é certo que muitos perderão pontos para a equipe de Diniz, desde já a novidade desde começo de Brasileirão tão mais do mesmo.
Além do mais, o fator local importa menos para o Grêmio de Renato. Jogo para oxigenar ideias.