Qualquer resultado diferente de vitória tricolor sobre o esquálido Monagas, talvez a pior equipe da Libertadores em razão de tudo o que acontece na Venezuela, é zebra.
O Grêmio venceria os venezuelanos até com o seu time de transição, mas a escolha pelos titulares indica o foco total a partir de agora, a partir do título gaúcho encaminhado após o 4 a 0 sobre o Brasil-Pel, na primeira partida da final.
O Grêmio elege o Tetra como prioridade. Os jogadores do Monagas estão mais felizes em ter comida abundante no hotel. Lutam contra o rebaixamento em seu país. Só venceram uma partida em 2018. Eles serão o saco de pancadas da chave.
O jogo na Arena é mero pretexto para sair de um país convulsionado, com desabastecimento crônico de alimentos e hiperinflação. Um drama social grave, sem dúvida alguma, com repercussões no futebol venezuelano.
O ideal, para o Grêmio, nesse cenário, após o empate com o Defensor na estreia, em Montevidéu, é fazer saldo. O Cerro Porteño, líder do grupo com seis pontos em duas rodadas, soma três gols de saldo.
Mas o essencial mesmo, antes de tudo, é o Grêmio cultivar a sua reconhecida paciência na troca de passes até furar a retranca do Monagas, espantando a zebra para bem longe.
Jogo para Maicon e Arthur juntos, é claro. A bola será sempre do time de Renato Portaluppi. O Grêmio definirá o primeiro lugar da chave, imagino, no confronto direto com os paraguaios. Não precisará de saldo – mas nunca é demais prevenir.