Eis um clássico "empate fora casa é bom resultado". A liderança segue com o Cerro Porteño após o 0 a 0 em Assunção, mas agora basta vencê-lo no dia 1º de maio, na Arena, e o Grêmio será líder do grupo. Com Luan de volta, talvez nem seja tão difícil assim.
Renato já tinha avisado que não escalaria Arthur e Maicon sempre. Não apenas pela questão estratégica de chamar Jaílson quando fosse preciso marcar mais forte. Como nesta terça-feira, no Paraguai, mas também pelo acúmulo de jogos em uma função que, no modelo do Grêmio, gera mais desgaste. Os volantes estão sempre com a bola. Nunca param de se mexer.
Foi uma decisão pragmática, levando em conta um duelo que se anunciava mais físico. O Cerro tinha de sair para o jogo. Deixar para decidir o primeiro lugar do grupo na Arena não era o objetivo.
Assim, o que se viu foi uma partida parelha, de marcação fortíssima, com poucas chances de lado a lado e um Grêmio mais apostando nas escapadas de Everton. Bem protegido, Grohe fez algumas boas defesas, mas em chutes de fora da área.
O árbitro não marcou pênalti claro de Cáceres em Everton. Na segunda etapa, a trave salvou gol de Geromel. Cícero, de novo, ficou muito abaixo de Luan na hora de criar. Foi mais volante do que meia, com pouca dinâmica.
A entrada de Michel em seu lugar, a 24 da etapa final, em vez de Thonny ou Alisson, evidenciou a postura pragmática e de contra-ataque. Alisson vem depois, mas saindo Arthur, centralizando Ramiro.
Um bom empate, enfim.