Só o discurso oficial dizia que o Grêmio iria para Itaquera mirando o título brasileiro. E era o que tinha de ser dito mesmo, embora ninguém acreditasse. O Grêmio precisava, isso sim, com Luan, provar para si mesmo que não tinha desaprendido aquele bom futebol coletivo.
E conseguiu. Não totalmente. Ainda falta para pegar o Barcelona, em Guayaquil, com tranquilidade. Mas é fato: mesmo sem ritmo, um tanto deslocado, talvez a 40% do que pode ser, ainda assim o time de Renato é outro com Luan.
Com o seu melhor jogador, o Grêmio fez uma partida bem superior a todas no segundo turno. Faltou o contra-ataque. Que nem Fernandinho e, depois, Everton, produziram.
Deu saudade de Pedro Rocha. Mas o fato é que o Grêmio já trocou mais passes e foi mais compacto na faixa central, encurtando a marcação e tirando espaços.
O sistema defensivo gremista esteve perfeito. Terá de ser assim no Equador. O jogo foi enfadonho, sem criatividade e chances claras de gol em bola trabalhada. Um duelo de muita marcação e pouca inspiração. Mas, para o Grêmio, valeu muito.
A boa notícia do 0 a 0 com o Corinthians é: com Luan, emergiram das profundezas sinais daquele Grêmio de outrora.