O show foi da torcida, que lotou o Beira-Rio e bateu o recorde (37 mil) de público na Série B. Mas o futebol, apesar do 3 a 2, e ao contrário das outras cinco vitórias seguidas, dessa vez deixou a desejar. Suficiente para vencer com toda a justiça, mas inferior ao já exibido pelo próprio time de Guto Ferreira. Teve até sofrimento no finzinho, com algum nervosismo de 2016 que parecia enterrado em 2017.
O fato é que os colorados já vislumbram a elite de volta. A vitória sobre o Paysandu trouxe, além da liderança que o país inteiro imaginava há muito tempo, oito pontos de folga no G-4. O Inter engrenou. Somou 18 pontos em 18 disputados.
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Apesar de muito mais posse de bola e finalizações, e de um pênalti não marcado em Edenilson, ainda assim o Inter cometeu algumas imprecisões de passe e erros na bola aérea que, fosse o Paysandu menos ruim, teriam produzido um tropeço. Levou dois gols de cabeça inadmissíveis. Tanto o futebol não foi bom que perdeu a condição de melhor defesa para o América-MG, com os dois gols que levou.
O time todo marcou bem menos do que em outras partidas. Foi menos operário e disciplinado sema bola. Mas houve garra, o que é bom. Os dois gols de Damião, com assistências de D'Alessandro, salvaram a noite. O cabeceio no segundo andar de Klaus virou arma, com mais um gol.
É sempre melhor corrigir erros ganhando do que perdendo. Guto terá de dar alguns puxões de orelha até o jogo com o Juventude, em Caxias. O Inter é líder, enfim.