Não foram os pênaltis a causa maior da eliminação do Grêmio para o Cruzeiro, às portas de mais uma final de Copa do Brasil. A culpa esteve no tempo normal. Se o Grêmio tivesse defendido a ótima vantagem conquistada na Arena – vitória por 1 a 0, com a bênção de não levar gol qualificado em casa –, não haveria necessidade das cobranças. Nesse sentido, o gol perdido por Lucas Barrios, cara a cara com Fábio, na alvorada da partida, é mais pecado do que os erros de Edilson, Luan e Everton nas penalidades.
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Lições da derrota e retomada na Libertadores: a repercussão da eliminação do Grêmio
Se Barrios faz o gol, a estratégia montada por Mano Menezes para travar o Grêmio morreria afogada na Lagoa da Pampulha. Eis aí o primeiro momento definidor da partida no Mineirão. O segundo, e também o mais importante, saiu da cabeça do técnico do Cruzeiro. Quando ele puxa Thiago Neves da posição de falso 9 para meia central, o Grêmio se perde no meio-campo. É errado achar que tudo se explica pelo cansaço. Os titulares folgaram no fim de semana.
Robinho vai para a direita, como se fosse Ramiro. Alisson encarna Pedro Rocha, na esquerda. Raniel dá uma de Barrios na frente, entre Bressan e Kannemann. Thiago Neves imita o Luan de Tite e põe o jogo no bolso. Todos voltam para marcar, congestionando a faixa central e poluindo a troca de passes que identifica a equipe de Renato. O Cruzeiro virou Grêmio no Mineirão, para além de alguns fracassos individuais tricolores. Foi uma derrota coletiva. Saber por que perdeu é essencial como lição para a Libertadores.