Não, não é a entrelinha imaginária por onde meias e atacantes flutuam para fugir da marcação e encaminhar jogadas no terço final do campo. Refiro-me à entrelinha literária mesmo.
Com voz pausada, tranquila, sem fugir das perguntas, D'Alessandro deu entrevista e esclareceu algumas questões – na visão do colunista, bem entendido. A primeira delas diz respeito ao coach.
Ele revelou que o coach está no Inter desde a chegada de Guto Ferreira.
– Temos um coach que não é nosso, é do treinador. Vocês (jornalistas) notaram a presença dele há quatro dias, mas ele está há um mês e meio. Veio com o treinador.
Leia mais:
Treino fechado define time do Inter que recebe o Criciúma no sábado
Jogo contra o Criciúma marca retorno de Felipe Gutiérrez ao Inter
Por indicação de Guiñazu, Inter sonda meia do Talleres
Ou seja: já tinha coach na derrota para o Boa. Não haverá mágica nesse sentido, em caso de mudança de atitude, anímica ou tática, que resulte em vitória sobre o Criciúma. Disse também que cabe ao jogador resolver sua parte mental:
– O corpo acerta se estiver forte e se a cabeça acreditar.
Os jogadores, em suma, têm de bater no peito e assumir. Outra questão foi a referência aos que ficaram e, indiretamente, aos que deixaram o clube. D'Alessandro falou: "ficou quem queria ficar". Tinha gente que, parece-me, não estava mesmo suportando o peso da Série B.
CASCUDOS – Quem viu os treinos em Viamão notou um D'Alessandro interessado, conversando, gesticulando e interagindo com Guto Ferreira. Mostrei essa imagem no Bom Dia RS, na RBS TV. Uendel falou em sair de trás com menos gente, para evitar tantos passes laterais. E marcar alto, pressionando. São os experientes assumindo a linha de frente. Será um jogo para cascudos contra o Criciúma, no sábado, no Beira-Rio.