Odair Hellmann, interino do Inter contra o Palmeiras na noite desta quarta-feira, pela Copa do Brasil, foi jogador de Guto Ferreira. Ele era volante do time campeão da Taça São Paulo de 1998, montado pelo então jovem e precoce técnico de 31 anos. A final foi contra a Ponte Preta, vitória de 4 a 3, nos pênaltis. Odair estava suspenso na final, mas liderou a equipe durante toda a campanha do tetra no torneio (1974-1975-1980 e 1998).
Assistimos ao jogo na mesma cabine do Morumbi: a da Rádio Gaúcha. Eu fazia a cobertura para ZH. Odair comentava na condição de convidado especial na transmissão. Como se vê, muitos vínculos se criaram nos 13 anos de Guto Ferreira no Beira-Rio, para além da Taça São Paulo e mesmo do Gauchão de 2002, emergenciamente no lugar de Ivo Wortmann nas finais.
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A parceira com André Luís, ex-zagueiro colorados na década de 1980, nasce nas imediações da Padre Cacique que, agora, será seu destino diário. Muitos jogadores que depois se tornaram campeões na década de ouro da virada do milênio passaram decisivamente pelas mãos de Guto. Ninguém fica tanto tempo em um clube grande se não tiver capacidade e oferecer resultados. Os vínculos com o Inter, tanto quanto o que fez depois, pesaram na escolha.
Guto pode não ser um cascudo como Levir Culpi e seus 64 anos, mas fica até estranho chamá-lo de aposta aos 51 anos e com estrada na Série A. Um "meio-cascudo para cascudo", como disse Muricy Ramalho ao aprovar seu nome no Inter.
Os vínculos no clube pesaram na escolha, de modo a tornar o menos traumática possível uma mudança de treinador em um ano tão atípico e de pressão como este. Vai precisar se valer de tudo isso já. A sequência de partidas é dura, com pouco tempo para treinar, justamente contra os principais adversários: Juventude, Figueirense, Náutico, Santa Cruz, América-MG.
