Antônio Carlos Zago não caiu por ter mais derrotas e empates do que vitórias no comando do Inter, mesmo contra adversários fracos no Gauchão e na Série B. Ele saiu pelo rendimento do time após cinco meses. Nunca houve quatro partidas em sequência com desempenho realmente bom, que nos permitisse dizer: aí está o time.
Houve algo interessante no começo, independentemente do resultado, com posse de bola e troca de passes. Mas depois voltou o balonismo FC e a ligação direta da defesa para o ataque, lembrando os piores momentos de 2016. Em suma: desandou, com se viu contra ABC e Paysandu, com atacantes empilhados e meio-campo vazio, apesar de todos os alertas.
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Página virada, vida que segue. O essencial, agora, é o Inter ter em mente que, em algum momento, terá de apostar numa sequência mais longa de trabalho apesar de eventuais resultados insatisfatórios. O Inter vai para o sexto técnico em 12 meses. Não há o que funcione com tantas mudanças de rotina.
O futuro treinador, portanto, tem de ser bem escolhido. Tem de ser incontestável. Não é momento para apostas justamente por isso: o nome tem de ter uma trajetória que suporte instabilidades, e pode apostar que elas virão.
Aposta é para começo de temporada. Levir Culpi seria um nome porque alia experiência (de acesso, inclusive), voz de comando, cartel e conhecimento tático. O fato é: após o malogro de Zago, o Inter não pode mais errar em seu ano atípico que já vai para junho com uma crise para resolver.