Enquanto não sai a decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS) sobre o Caso Victor Ramos, nos bastidores o Inter vai sofrendo uma ação violenta da CBF no inquérito aberto no STJD para apurar suposta falsificação de documentos.
O auditor que examina o caso é amigo de Ronaldo Piacente e Marco Polo Del Nero, respectivamente presidentes do Tribunal e da CBF. Mais ainda: Mauro Marcelo de Lima e Silva está na corte por indicação da própria CBF.
Vai analisar, portanto, uma demanda de quem o apadrinhou na corte. O que é um absurdo. Que indicassem qualquer outro para este inquérito, menos Marcelo. Que, por sua vez, não se declarou impedido ou vi qualquer razão ética para tanto.
É o caso clássico da raposa cuidando do galinheiro.
A acusação de falsidade contra os advogados do Inter já era estranha por não ser assinada por ninguém e restar genérica, causando estranheza ter recebido provimento. Do jeito que tudo está acontecendo, parece represália em razão dos primeiros sinais positivos do Inter em suas incursões junto ao CAS.
Mais preocupante ainda é que, apesar de reiterados pedidos, o auditor recusa-se a dar aos advogados colorados acesso aos autos, uma prerrogativa democrática pétrea. Chegou a ameaçar com multa se insistissem.
Delegado de polícia aposentado, Marcelo de Lima e Silva foi diretor geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no começo da década passada e desenvolveu, com elogios, a área do Setor de Crimes pela Internet da Polícia Civil de São Paulo.
O Inter que abra o olho com represálias da CBF.