Será a decisão do conjunto contra as individualidades. Não que o Grêmio seja um oásis de talento individual e o Atlético-MG um amontoado de craques no esquema salve-se quem puder.
Não é isso.
Mas é inegável que o Atlético-MG só chegou até esta final por ter muitos jogadores que fazem gols: Lucas Pratto, Clayton, Robinho, Cazares, agora Otero. Fred está fora por ter vestido a camiseta do Fluminense.
São estes goleadores, engenheiros do melhor ataque do Brasileirão, que salvam uma defesa ruim, capaz de tomar tantos gols quanto o já rebaixado Figueirense.
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O trunfo do Grêmio, ao contrário, é o equilíbrio, palavra preferida dos técnicos. Demora a fazer gols. Tem de criar muitas chances para converter uma ou duas.
Entre perdas e danos, supera esta deficiência com uma defesa coesa e pétrea, Marcelo Grohe em boa fase e a dupla Geromel-Kannemann ajustada, entrosada, sem medo da bola aérea que tirou o Grêmio do Gauchão e da Libertadores.
As melhores atuações gremistas no ano são no Mineirão. Pode resultar em fator psicológico positivo.
O fato é que o Grêmio de Renato Portaluppi chega com resultados recentes melhores do que o Atlético-MG. Antes da primeira parte da final, cujas leis próprias podem revogar tendências e demolir teses, é esse o quadro.