Inter mudou de ares. Ou fugiu da torcida, que protestaria no CT ao lado do Beira-Rio. Foi para Viamão. É válido. Qualquer iniciativa diferente, neste nível de desespero, é compreensível. Lisca deve escolher entre quem está mais leve, sem o peso do rebaixamento iminente nas costas.
Seijas e Nico López estão nesse contexto. Sasha e Valdívia, talvez não. Um dos pecados colorados, sem dúvida o mais grave de Celso Roth, foi deliberadamente não repetir escalação.
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As trocas a cada rodada liquidaram com a confiança dos jogadores, além de não entrosar. Claro que mudar escalação sempre não é o ideal. Mas o Inter é qualquer coisa, menos uma idealização possível. Por isso não condeno o quarto técnico do Inter em 2016.
Ele chegou ainda ontem, para uma missão impossível. Tem de tentar algo. Só repetir o que vinha sendo feito é caminhar para o cadafalso em silêncio. Busca nova postura. Alguma confiança nova. Uma mudança de esquema visando preencher melhor o meio, no 4-1-4-1 consagrado pela Seleção Brasileira de Tite.
É possível que não adiante nada, contra um Cruzeiro cheio de ódios, com Sobis, Robinho e Mano Menezes querendo arrancar as tripas do Inter de Vitorio Piffero, para desgraça dos colorados que nada têm a ver com a semeadura intolerante de seu presidente.
É o que dá para fazer. É a última cartada.