O eixo do debate desta segunda foi o confronto entre Marchezan e uma dobradinha formada por Fortunati e Fernanda Melchionna. Ali houve uma discussão consistente e uma troca amarga de acusações. Foram eles que protagonizaram os momentos mais tensos do programa.
Marchezan e Fortunati levam certa vantagem sobre os demais candidatos porque um é e o outro foi prefeito. Ou seja: eles têm intimidade com a administração, com processos burocráticos, com números e com problemas localizados da cidade. O debate, quando ocorre entre eles, se torna mais sólido e menos subjetivo.
Essa condição, mais a rivalidade que partilham, deve fazer com que eles polarizem a campanha. O que não significa, necessariamente, voto. Não foram poucas as eleições em que dois estão brigando e um terceiro corre por fora e vence. No Rio Grande do Sul, isso é até tradição. Germano Rigotto, Yeda, Sartori e até o atual governador, Eduardo Leite, se beneficiaram dessa aparente falta de exposição.
Faz sentido: se você não é criticado, seus defeitos demoram mais a aparecer.