Estão bem os quatro pacientes de Porto Alegre submetidos a cirurgias na coluna e na cabeça com ajuda de robôs. São três de coluna e uma na cabeça. Os procedimentos foram realizados desde outubro. A técnica inovadora é usada nos Estados Unidos e em países da Europa e começou a ser utilizada em cirurgias aqui por médicos do Hospital Moinhos de Vento.
Basicamente, na hora da cirurgia, o médico prepara o paciente, arma o braço robótico para auxiliar na precisão do procedimento. Por dia, em hospitais de Porto Alegre, são realizadas até 50 operações em pacientes com problemas na cabeça e na coluna.
Os cirurgiões pioneiros desta técnica aqui são os médicos Arthur e Nelson Pereira Filho. Foi a primeira cirurgia da América Latina desta forma, técnica recente nos demais países, mas que está se tornado cada vez mais comum em hospitais de Porto Alegre. A tendência é o uso mais comum de robôs para essas cirurgias, sempre com acompanhamento médico. A inovação beneficia o paciente:
— Em todo o mundo, os sistemas robóticos são cada vez mais utilizados em cirurgias. Estudos mostram que cirurgias assistidas por robô alcançam maior precisão, menor exposição à radiação e menos complicações. Inúmeras especialidades médicas já consolidaram a cirurgia robótica. No entanto, a neurocirurgia, uma das especialidades mais complexas, está em fase de consolidação — diz o neurocirurgião Arthur Pereira Filho.
Por enquanto, a maior limitação ainda é o investimento. São necessários US$ 850 mil para a compra dos equipamentos, mas a cirurgia com robô para coluna e cabeça tende a se massificar. Quem ganha é o paciente.