A condenação do réu no Caso Naiara conclui um dos episódios mais tristes da história recente de Caxias do Sul. Só que essa história não pode ser esquecida.
Em respeito à memória da menina e de tantas outras crianças que precisam de cuidados, cabe uma reflexão sobre o papel de cada um, sejam familiares, conhecidos ou autoridades: a rede de proteção em torno de crianças e adolescentes vulneráveis.
Para o crime bárbaro de Naiara, só há um culpado, com nome e sobrenome: Juliano Vieira Pimentel de Souza, que ficará preso por muito, muito tempo.
A prevenção para a barbárie cometida por pessoas muitas vezes insuspeitas é atribuição de uma rede muito bem organizada e coordenada que vigia crianças que podem ficar à mercê de abusadores. Não pode ser encarada como situação natural uma menina de sete anos vagando sozinha pelas ruas, mesmo que a caminho da escola.
Não há pessoas suficientes para isso? É difícil vigiar todos? É questão de prioridade. É a vida de crianças.