É provável que em matéria de transmissão ao vivo, para o rádio e internet, nunca se tenha feito algo parecido. As circunstâncias ainda impõem muito cuidado, distanciamento a ponto de não possibilitar aglomerações, e nós aqui na RBS priorizamos, desde o início da pandemia, a segurança de todos. O que a Gaúcha fez hoje foi, de longe, o maior debate eleitoral com candidatos de todos já feitos. Não que tenha sido o melhor ou o mais importante. Mas foi a maior operação técnica e operacional já empreendida pela Gaúcha para um debate.
Poderíamos ter feito um debate virtual, teria sido muito mais fácil. Mas não teríamos visto a reação de Nelson Marchezan se mexendo no banco do carro e com olhar fulminante para Valter Nagelstein. Não fosse presença física, não teríamos Fortunati trocando ideia com seu candidato a vice quando a sua gestão foi criticada. Certamente não teríamos tido a chance de ver como se comportam ao ser confrontados com questionamentos de eleitores. Em determinado momento, a editora-chefe Andressa Xavier, me alertou: 5 mil pessoas conectadas apenas na transmissão por vídeo de GZH. Mais os milhares de ouvintes que nos acompanham pela Gaúcha. Me arrisco a afirmar que boa parte desta audiência não teria o mesmo interesse em seguir o debate se não fosse neste modelo.