A Brigada Militar (BM) tem uma estratégia para evitar o agravamento da tensão entre os grupos que têm realizado manifestações em Porto Alegre. Segundo o comandante da BM, coronel Rodrigo Mohr, a ideia é separá-los em pontos diferentes da cidade, assim como ocorreu na época do impeachment, em 2016. Desta forma, pode-se evitar a aproximação dos rivais. No último fim de semana , no Centro Histórico da Capital, o encontro quase terminou em uma pancadaria.
A Brigada está monitorando esses grupos extremistas que estão atuando pelo país?Estamos acompanhando e analisando estes movimentos para planejar nossas ações. O objetivo é evitar confrontos entre grupos opostos, vandalismos e todo tipo de violência.
Alguma preocupação?
Estamos preocupados com a escolha dos locais para os protestos, pois estão muito próximos, com o claro intuito de provocar enfrentamento. Estamos, inclusive, procurando contato com os líderes para que evitem tal situação.
A preocupação também é com o eventual encontro deles? Vocês vão sugerir locais distintos?
A preocupação é com o confronto e a violência. Sim, a ideia é sugerir locais distintos sem a possibilidade de aproximação. Em anos anteriores havia manifestações no Parcão de um grupo e na Redenção de outro, por exemplo.
É uma saída possível esses dois lugares? Vocês vão sugerir isso?
É uma alternativa que facilitaria nosso trabalho, evitaria o confronto e não prejudicaria a liberdade de manifestação.
Aos domingos têm sido mais complicados. Se for necessário, vão reforçar o policiamento?Aos domingos estamos com policiamento do 9ºBPM ,reforçado pelo 1º BPChoq e 4º Regimento de Polícia Montada e, se necessário, teremos auxílio de outros batalhões da Capital e de batalhões de choque do Interior.