Os bons resultados contra Botafogo e Fortaleza recolocaram um velho assunto na pauta do Grêmio. O retorno do esquema 4-2-3-1, com um meia mais marcador no lado direito, é a nova (e velha) escolha do técnico Renato para o restante do Campeonato Brasileiro. Essa, no entanto, é uma discussão antiga nos bastidores e, também, entre os torcedores. O que o Grêmio deve fazer com o seu futuro.
Os melhores momentos do técnico Renato no clube foram nos anos de 2016 e 2017, em um esquema que tinha dois volantes e três meias, sendo um mais agudo e outro com características de marcação. Nos anos seguintes, com os fracassos nas grandes competições, o Grêmio retomou a busca por um esquema mais equilibrado. O clube procurou um novo “Ramiro”, tentou novas peças no ataque, e sempre entendeu que o problema era técnico individual. Foram mais de uma centena de atletas contratados para reviver o vitorioso esquema de outros tempos.
Nestes quase 10 anos, outros esquemas foram tentados, mas nenhum deles ganhou a confiança de muitos jogos em sequência. Pois quis o destino, que, em meio à grande dificuldade deste ano, o Grêmio voltasse a recorrer a velha forma de jogar. Com Edenilson no lado direito e Aravena pelo lado esquerdo, o técnico Renato reencontrou equilíbrio no Tricolor e os pontos voltaram a aparecer.
No futebol, sobretudo quando não há uma construção sólida de base tática de uma equipe, é preciso voltar algumas peças e fazer o simples. E o Grêmio fez isso. Renato retomou o velho esquema e o time tem boas chance de terminar o ano em paz. A discussão seguirá por aqui, mas é preciso pensar se a procura por um dublê de Ramiro seguirá sendo a prioridade do Grêmio.
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