O bom momento do Inter no Campeonato Brasileiro reascendeu uma velha discussão que, por muito tempo, alimentou a discórdia entre os gremistas. Os técnicos Roger Machado e Renato Portaluppi foram tratados como antíteses pelos torcedores. O fato de terem dividido os bastidores do clube nos últimos anos, por óbvio, definiu essa conversa.
Para muitos, Roger foi quem acertou o time que, com Renato, foi multicampeão em 2016 e 2017. Para outros, sem a liderança do ídolo Renato, nada teria acontecido. E essa conversa vira um debate sem fim no Tricolor, infelizmente. Com a ida para o Inter e a evolução do time, Roger Machado volta à cena fortemente e, com ele, a discussão.
O Inter se arrasta há anos, trocando trabalhos, com alguns lampejos de bons times, mas sem nenhuma sequência. Roger começa utilizando os jovens e mostrando um rendimento que coloca otimismo no lado vermelho do Rio Grande do Sul. E ninguém põe em dúvida a grande qualidade do técnico colorado. Roger é, de fato, um técnico com ótimos predicados.
No Grêmio, Renato merece todo o respeito. Nos quase 15 anos com a presença do ídolo por aqui, o clube garantiu evoluções importantes em todos os pontos, sendo, na média, muito maior do que o Inter neste período. Conquistou títulos, revelou jogadores e levou muita torcida ao estádio. O Grêmio cresceu com a presença de Renato.
A discussão, por isso, perde o sentido. Roger e Renato têm as suas qualidades, mas não devem ser colocados no mesmo estágio. Roger é um treinador e Renato está além do cargo. O técnico tricolor traz ao Grêmio outra dimensão, e esse também é um componente importante no futebol. A frase é batida, mas não é só futebol que estamos discutindo aqui.