O domingo (13) de Dia dos Pais tinha tudo para ser perfeito para o torcedor do Grêmio. Uma tarde de sol em Porto Alegre, um jogo do time do coração e um ambiente muito familiar. Esse era o quadro, mas era preciso entrar no estádio. E aí, o dia nublou.
A incrível falta de previsibilidade dos gestores da Arena determinou que uma multidão de gremistas esperassem por mais de 40 minutos na fila e entrassem após o início do jogo contra o Fluminense. A resposta da empresa que administra o estádio sempre culpa a torcida, mas é preciso, cada vez mais, falar dos erros absurdos de quem está trabalhando na gestão da Arena.
Vamos a eles. Os torcedores são clientes e pagam caro para assistir a um jogo do Grêmio. Dentro dessa linha, cabe aos organizadores do evento criarem ferramentas para facilitar o acesso, já que, de antemão, todos sabem o público estimado para cada jogo.
A formação de filas não pode ser um erro de quem chega no horário marcado. A Arena tem portões suficientes para receber as pessoas e as filas surgem antes mesmo do acesso aos portões. No jogo de domingo, por exemplo, a aglomeração foi tão grande na área de revista que coube a um guarda de trânsito a organização da fila, o que evidencia a falta de organização.
Além disso, o descaso com relação aos torcedores se dá também na forma de comunicação e atendimento. A sensação passada é de que a torcida é um problema do espetáculo. E, convenhamos, isso não pode continuar. O torcedor do Grêmio é a razão de ser do estádio e, só por isso, merece um tratamento completamente inverso ao que vem recebendo.
Quem manda na Arena é exatamente quem parece pedir favor, mesmo pagando caro para ir ao jogo. A torcida do Grêmio precisa de respeito. Está na hora de alguém terminar com esse tipo de episódio.