Namorados enlutados são excluídos, como se não fossem da família, como se fossem coadjuvantes de quem partiu. Morrem junto.
Não há um inventário, uma partilha, um documento para mostrarem sua importância, para provarem sua influência afetiva.
Como não tiveram chance de casar, de dividir oficialmente os bens, permanecem nas fileiras de trás no adeus.
Foram interrompidos pelo acaso, foram suspensos pelo destino. A atualidade do vínculo não é lembrada.
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