As últimas semanas foram de muito trabalho para as polícias gaúchas. Tem os feminicídios. As mortes das gêmeas em Igrejinha, pela própria mãe. A mulher baleada em Novo Hamburgo no que parecia um assalto, mas que teve envolvimento do viúvo e da sogra. A grávida e o bebê mortos pela vizinha que queria roubar a criança. Há mais tempo, os professores mortos ao reagir a um assalto em Mato Castelhano. Hoje foi em Novo Hamburgo que o filho ameaçou os pais e, quando a BM chegou, atirou em todos que viu pela frente.
Esses crimes têm em comum algo que é crucial neste momento em que falamos de segurança: são casos difíceis ou até impossíveis de se prever. As investigações têm tido sucesso ao elucidar esses crimes, mas a Polícia não tem como saber antes e evitar casos assim.
Se há um tempo o setor de inteligência conseguiu monitorar passos e praticamente zerar cenas que a gente via toda semana em assaltos a banco com cordão humano, para trazer um exemplo, agora os crimes têm acontecido entre quatro paredes. Muitas vezes sem sinais para fora, fica mais complicado o trabalho da secretaria de Segurança Pública.