Apontado por Gustavo Kuerten como o futuro do tênis brasileiro e elogiado pelo sueco Mats Wilander por seu estilo agressivo, Thiago Wild virou a nova febre do tênis mundial. Nesta terça (30), quando estreou no Aberto da França, em Roland Garros, ele superou em uma batalha de cinco sets o russo Daniil Medvedev, número 2 do ranking mundial e finalista de quatro torneios do Grand Slam.
Thiago nasceu em Marechal Cândido Rondon, cidade do oeste do Paraná, que tem em sua origem a colonização de gaúchos. Tanto que a primeira via da cidade foi chamada de Avenida Rio Grande do Sul, nome dado em homenagem aos primeiros moradores da vila criada em março de 1950, que daria origem ao município criado oficialmente em julho de 1960.
A região é de colonização teuto-gaúcha e o público local se divide no futebol entre Grêmio e Inter, mesmo com a concorrência de clubes locais e paulistas. Em 2018, após vencer a Maria Esther Bueno Cup, Thiago gravou um vídeo onde falou sobre algumas de suas preferências e revelou seu time do coração: o Grêmio.
O gosto pelo Tricolor gaúcho vem de família, como explicou à coluna a mãe do jogador, Gisela Seyboth Wild.
— Meu marido (Cláudio) é gaúcho de Ijuí, a família do meu pai veio da Alemanha e se estabeleceu no Rio Grande do Sul. Uma parte mora em Estrela e outra em Porto Alegre. Somos todos gremistas, uma regra para fazer parte da família é ser gremista. Inclusive, ontem chegou uma encomenda da loja do Grêmio pra ele — sorri ela.
Entusiasmada com o feito, dona Gisela diz que esse é momento do filho e que ela e o marido estão torcendo por Thiago aqui do Brasil.
Na próxima quinta, o paranaense de 23 anos voltará à quadra para encarar o argentino Guido Pella, na segunda rodada, e tentar seguir o sonho parisiense iniciado com a vitória sobre Medvedev.