Oficialmente foram 1.526 partidas com um absurdo aproveitamento de 81,9%, o que corresponde a exatas 1.251 vitórias. E só esses números já bastam para dar a dimensão de Roger Federer.
Número 1 do mundo por 310 semanas, sendo 237 delas consecutivas, o mais veterano a ocupar a posição com 36 anos, dono de 20 troféus de Grand Slam e de 103 títulos de simples no circuito da ATP, são outras marcas da carreira do suíço de 41 anos, que anunciou nesta quinta-feira (15) a data de sua aposentadoria das quadras.
Mas Roger Federer está acima dos próprios números. Com um estilo de jogo único e uma postura dentro e fora das quadras admirável, ele construiu uma história que, para muitos, o coloca como o maior tenista da história.
Com diversos problemas no joelho direito, nos últimos anos, o jogador suíço não conseguiu terminar a carreira como desejava, atuando nos principais torneios, como fez Serena Williams.
O anúncio da despedida de Federer gerou diversas manifestações, como a de Rafael Nadal. O espanhol, cinco anos mais novo, rivalizou com o suíço e com Novak Djokovic ao longo dos últimos anos e fez uma afirmação que resume o sentimento de todos que vivem o mundo esportivo.
— Caro Roger, meu amigo e rival. Eu gostaria que esse dia nunca tivesse chegado. É um dia triste para mim pessoalmente e para os esporte ao redor do mundo. Foi um prazer, mas também uma honra e privilégio compartilhar todos esses anos com você, vivendo tantos momentos incríveis dentro e fora das quadras.
Uma coisa é certa. Se não houvesse Roger Federer não teríamos testemunhado o melhor de Rafael Nadal e Novak Djokovic, pois eles só se tornaram grandes por terem no suíço um espelho. Afinal, ele, acima de tudo, fez o nível de jogo dos outros evoluir.