Luísa Sonza desembarcou no Rio Grande do Sul, na semana passada, para compromissos sociais — a visita ao abrigo Girassol, em Canoas — e profissionais, como o show na Expointer, no sábado (24), em Esteio. No início desta semana, a cantora se apresentou em São Paulo, de onde embarcou para a Coreia do Sul, pois será uma das estrelas do evento Billboard K Power 100, que ocorre nesta terça-feira (27) em Seul.
A artista volta aos pagos em setembro, quando fará, no dia 7, o primeiro show da carreira em Tuparendi, sua cidade natal, no noroeste gaúcho. No meio dessa correria toda, Luísa topou me receber, em Canoas, para uma entrevista exclusiva. Confira!
Estamos em Canoas, no abrigo Girassol, local que você ajudou a manter financeiramente durante os últimos meses. Qual é o sentimento de estar participando ativamente da reconstrução do nosso Estado após a enchente de maio?
Na verdade, agora, tô muito feliz. Eu vejo que está bem mais tranquilo, muita gente já conseguiu se acomodar, então isso me deixa feliz. Mas é óbvio que tem muito trabalho ainda pela frente, porque mesmo que, às vezes, os lugares tenham estrutura, não tem mais os móveis e tudo mais, então tem muito trabalho. Eu fico feliz de estar aqui no abrigo e ver que a galera está aqui, segue empenhada, que também segue sendo uma base pra vários outros abrigos, vários outros lugares. Eu fico feliz de poder ajudar, de conseguir retribuir à casa em que eu cresci, o meu Estado. É minha casa, então eu fico feliz de retribuir dessa maneira.
No Festival Salve o Sul, que ocorreu em junho, em São Paulo, e foi idealizado por ti e pelo Pedro Sampaio, a emoção tomou conta dos gaúchos que estavam no palco e também dos que assistiram aos shows. Como foi aquele momento?
Para mim, foi, com certeza, um dos momentos mais marcantes da minha carreira. Foi muito especial, muito emocionante estar lá, de chiripá (peça tradicional da indumentária gaúcha) e tudo, do jeito que eu cantava quando era novinha. Então foi muito significante. E de também trazer a minha cultura, a nossa cultura, na verdade, pro resto do país. Eu acho que o Rio Grande do Sul ficou, por muitos anos, distante, do país. E eu sou uma pessoa que sempre amei ser brasileira, sempre amei todos os Estados. E aí, quando eu vi uma oportunidade de unir isso, e sabendo o quanto o Rio Grande do Sul estava precisando do resto do país, acho que foi muito importante.
A gente sabe das suas raízes gaúchas. Ainda mantém algum hábito da época em que morava no Rio Grande do Sul (Luísa reside em São Paulo atualmente)?
Estou com o chimarrão aí, minhas cuias não saem de perto de mim. Tenho um monte de monte de cuia, um monte de bomba, de tudo que é jeito, tamanho, estilo.
Adotou uma gatinha que foi resgatada durante a enchente. Como ela está?
Eu sofro pra ir embora, pra viajar, porque ela dorme comigo toda noite. Se não dorme comigo, se eu fecho a porta, sem ela dentro do quarto, é um "miadeiro" (risos). Elis Regina (é o nome da pet) mesmo, soltando agudo para entrar, dorme agarradinha comigo. Uma coisa mais linda do mundo, super enturmada. Adorou a Gisele, que é uma das minhas pets, a minha cachorrinha. São melhores amigas. Enfim, se adaptou muito bem.
O show em Tuparendi, em 7 de setembro, vai ser histórico na sua carreira. Afinal de contas, é o primeiro na sua cidade natal. Como está o coraçãozinho?
Ai, tô doida pra ir pra lá, cara. Sinto muita saudade, minha família inteira lá, sabe? Eu fico, no grupo da família (no WhatsApp), o dia inteiro falando disso e tudo mais. Já tenho uns 10 "afters" (festas após o show) para ir. No final, eu que vou fazer, né, gente? Eu vou ter que trazer todo mundo lá para casa. Enfim, vai ser muito gostoso, muito divertido. E também vou trazer meus amigos de São Paulo, de outros lugares do país, minha equipe, enfim. Também vai ser uma junção legal.