A falta de chuva já levou 11 dos 35 municípios de abrangência da Emater na Região Central do Estado a decretarem situação de emergência devido à estiagem. Nesta terça-feira (11), a entidade concluiu o primeiro relatório referente às perdas da agricultura por conta da seca. E os números assustam. São 9.794 produtores de grãos da região que registram prejuízos em cerca de 22 mil lavouras. O rombo deve ultrapassar R$ 1,5 bilhão.
A soja, principal cultura da região, é a mais afetada em números absolutos. São quase 920 mil hectares de área plantada, dos quais mais de 714 mil, ou 77,6%, estão comprometidos devido à falta de chuva. A estimativa é de que as perdas ultrapassem as 460 mil toneladas. Mais de 6,1 mil produtores contabilizam prejuízos que já somam aproximadamente R$ 1,3 bilhão.
Situação ainda mais crítica é a dos 6.580 produtores de milho. Segunda cultura com maior área plantada da região, com 35,5 mil hectares, 31 mil deles, quase 90%, estão afetados pela seca. As perdas devem bater na casa das 90 mil toneladas, com R$ 135 milhões de prejuízos.
Ainda que em uma escala menor, os produtores de arroz da região também sofrem com a escassez hídrica. Dos 30,8 mil hectares plantados, 6 mil deles estão comprometidos. Ao todo, 531 produtores foram atingidos até o momento, com prejuízos na casa dos R$ 13,5 milhões.
Na produção de grãos, ainda há registros de áreas afetadas na cultura de feijão e milho de silagem. Nas plantações de fumo, o prejuízo também é grande. São mais de 3,3 mil produtores que tiveram 78% da área plantada afetada pela falta de chuva. Dos 13,2 mil hectares plantados, 10,3 mil estão comprometidos. As perdas devem ultrapassar as 5 toneladas.