A sede mundial por suco de laranja arrefeceu nos últimos 10 anos, segundo pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (Citrus BR). Entre 2004 e 2014, a redução foi de 15,2%.
- O mundo deixou de consumir nesse período mais de uma safra e meia - compara o diretor-executivo da CitrusBr, Ibiapaba Netto, em relação à atual colheita brasileira, de 279 milhões de caixas de laranja.
Pelo menos duas razões explicam o resultado: concorrência de outras bebidas e abandono do hábito de tomar café da manhã - onde o suco era um dos ingredientes principais.
Para reverter a curva descendente, o Brasil, maior produtor e exportador da bebida, já sabe o que precisa fazer. São ações dentro e fora de casa.
No Exterior, destino de 95% da produção nacional, a missão será reverter hábitos de consumo. Campanha voltada ao continente europeu - para onde vai 71% do suco brasileiro - e direcionada aos médicos e nutricionistas abordará as razões, leia-se benefícios à saúde, pelas quais as pessoas devem beber o suco.
Dentro de casa, a ideia é ganhar espaco, principalmente no suco 100% integral, com consumo tímido por aqui. Proposta de desoneração de PIS/Cofins - que engloba ainda suco de uva e água de coco - já foi encaminhada ao Ministério da Agricultura.
Netto sabe, no entanto, que o momento de pressão não é agora:
- Hoje, não há ambiente para isso. Quando passar o período de ajuste fiscal, no entanto, queremos que esse seja um dos primeiros assuntos da pauta.