A situação dos produtores de arroz do Estado volta a estar em pauta nesta quinta-feira. Desta vez, o encontro será na Fronteira Oeste, em Alegrete, onde a Federarroz marcou reunião. O encontro é uma resposta às críticas do movimento organizado na semana passada em Cachoeira do Sul pela União Central de Rizicultores.
Na ocasião, uma carta assinada por 600 produtores pedia a prorrogação por 90 dias de todas as operações de crédito rural e concessão de dois anos para pagamento de dívidas.
A ideia do encontro desta quinta, segundo o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, é ouvir os produtores e fazer uma reunião de esclarecimentos, com retrospectiva das ações desenvolvidas para o setor.
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Se há consenso sobre o momento delicado vivido pelos produtores por conta da falta de liquidez nas vendas, preços em queda e custos em alta, há divergência quanto à classificação da conjuntura. Federarroz e Federação da Agricultura do Estado (Farsul) rechaçam o termo "falência das lavouras", usado pelo grupo em Cachoeira do Sul.
A notícia da possibilidade de adiamento dos vencimentos de julho e agosto dos financiamentos de custeio da safra passada para novembro e dezembro, já acertada com o Banco do Brasil e negociada agora pelas entidades com os demais, promete dar fôlego. Sem ter a fatura de cobrança como pressão para venda, o arrozeiro poderá buscar melhores oportunidades na comercialização do produto.
A busca por novas parcerias no mercado externo é outra meta no horizonte de negócios em que o México desponta como grande interessado.
- O próximo ano inspira extremo cuidado. Teremos custos ainda maiores - alerta Dornelles sobre o que vem pela frente.