A colheita de uma safra recorde de soja, estimada em mais de 14 milhões de toneladas, fez crescer o uso de silo bolsa no Rio Grande do Sul. Os sacos gigantes, confeccionados em plástico, são usados por produtores e cerealistas para estocar a safra de grãos na falta de armazéns. A Cereais Werlang, de Ibirubá, investiu em bolsas com capacidade de 1,5 mil a 3 mil sacas (foto acima).
- O volume de soja que iremos receber é bem superior a nossa capacidade estática de 500 mil sacas - conta Bruno Werlang, gerente comercial da empresa.
Hoje, a capacidade estática de armazenagem no Estado é de 28,8 milhões de toneladas, para uma safra estimada em quase 30 milhões de toneladas. Por ser uma estrutura temporária, o silo bolsa não entra no cadastro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Conforme estudo da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, a partir das vendas de fabricantes, o país irá armazenar cerca de 20 milhões de toneladas em bolsas neste ano - 10% da produção.
- Esse mercado cresce a uma taxa média de 20% ao ano - destaca Leticia Rechden, diretora-geral da empresa Marcher Brasil, fabricante de equipamentos para a estrututura.
O investimento inicial é de R$ 100 mil para compra de embolsadora e extratora de grãos, mais R$ 1,7 mil para cada bolsa - que pode armazenar os grãos por até um ano.