Com a irrigação apontada como uma das prioridades e a garantia de que irá manter o Mais Água, Mais Renda, o novo governo do Estado precisará agora se debruçar com atenção sobre os dados do programa.
Mapear a atual situação é fundamental para que se possa alcançar a tão falada celeridade nos processos de implementação do mecanismo que ajuda a manter o ritmo de produção independentemente das vontades de São Pedro. Consideradas as estimativas mais otimistas, pouco mais de 3% da área das lavouras gaúchas é irrigada - descontado o arroz, que emprega o sistema em 100% da produção.
O novo secretário da Agricultura, Ernani Polo, diz que não há, por enquanto, demanda específica por mudanças no programa:
- A partir do diagnóstico feito, veremos se há pontos a melhorar.
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Vale lembrar que o Mais Água, Mais Renda tem uma licença global - ou seja, vale para o programa como um todo, sem a necessidade do procedimento individual - para áreas irrigadas de até cem hectares e açudes de até 10 hectares. Para dar ritmo mais ágil, nesse caso, talvez seja necessário reforçar a equipe que hoje faz a análise das propostas recebidas.
Até dezembro de 2014, 3,4 mil projetos haviam sido recebidos pela Secretaria da Agricultura, segundo dado que consta em relatório entregue ao novo secretário durante a cerimônia de transmissão de cargo.
Desse total, 940 estão na chamada fase embrionária. Ou seja: têm potencial, os produtores demonstraram interesse, mas a proposta não foi levada adiante.
Dos 2.484 projetos protocolados, 83,49% foram avaliados. Desses, 1.810 receberam sinal verde para execução, somando área de 68,66 mil hectares. Outros 410 ainda estão em análise.
Ainda bem que os primeiros subsídios do programa - a serem pagos pelo governo - começam a vencer só no próximo ano.
São referentes a 117 projetos e somam R$ 6,7 milhões.