Aguardada com expectativa por pecuaristas da Fronteira Oeste, a reunião marcada para esta terça-feira com executivos da Marfrig e representantes do governo do Estado foi adiada para a próxima semana. O encontro, durante a 72ª Exposição Agropecuária de Alegrete, foi remarcado em razão de uma missão da União Europeia no frigorífico da empresa em Bagé.
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- Como é uma questão que interessa a todos, pois envolve exportações da nossa carne, achamos por bem adiar a reunião e garantir a presença de todos - disse Pedro Piffero, presidente do Sindicato Rural de Alegrete.
Com 680 funcionários, a planta da Marfrig em Alegrete segue operando normalmente - com uma média de 500 abates por dia. Em agosto, a empresa chegou a anunciar o fechamento da unidade, com alegação de escassez de gado no Rio Grande do Sul.
Depois de apelo do governo estadual, e promessa de negociação, a Marfrig acabou recuando e dando sobrevida a um dos maiores frigoríficos do RS.
- Tivemos avanços grandes desde então, especialmente em questões tributárias - garante Claudio Fioreze, secretário estadual da Agricultura.
Segundo o secretário, entre os 16 itens solicitados pela Marfrig para manter a planta em Alegrete, boa parte já está encaminhada - pelo menos no que compete a substituições tributárias, crédito presumido e linhas de financiamento específicas.
Há reivindicações, porém, que demandarão tempo maior, como a implantação da rastreabilidade bovina e mudanças na legislação ambiental. Um dos pedidos é para flexibilização das regras para criação de animais em confinamentos. Dispostos a colaborar para manter o frigorífico em Alegrete, pecuaristas da região também formataram sugestões. Uma visa a reduzir a reclamação das indústrias de falta de matéria-prima no Estado:
- Iremos solicitar pagamento à vista aos produtores e remuneração não apenas pelo peso vivo, mas por rendimento de carcaça - acrescenta o presidente do Sindicato Rural de Alegrete.