A presidente Dilma Rousseff pontuou seu discurso na abertura oficial da 37ª Expointer com as principais políticas do governo federal para os setores da agricultura e da pecuária. A cerimônia marcada para as 10h desta sexta-feira, que contou com o desfile dos grandes campeões da edição de 2014, se iniciou com mais de uma hora de atraso no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
Dilma foi a última autoridade a se pronunciar: destacou que a Expointer se afirma como um evento agropecuário da "maior magnitude", realizado por pequenos, médios e grandes produtores. A presidente ainda salientou os recordes de produção que o país vem conquistando, como resultado de "terras férteis, oferta adequada de água e clima favorável" aliados à pesquisa e à tecnologia:
- No Rio Grande do Sul, temos a previsão de produzir 28 milhões de toneladas. Na pecuária, a produção tem crescido sistematicamente.
Os R$ 180 bilhões do governo federal para crédito dos produtores foram tema do pronunciamento. Dilma também disse que o programa Mais Alimentos propiciou a compra de 83 mil tratores, um quarto do total existente no país:
- Temos de dar muita atenção ao setor de máquinas e implementos agrícolas. Estamos na vanguarda tecnológica nessa área.
Desde de antes do início da cerimônia, um grupo de servidores do Judiciário protestava por negociação salarial. Os gritos de "Dilma a culpa é tua" e as vaias eram abafados por palmas e gritos de "Dilma, Dilma!".
Antes da presidente, o governador Tarso Genro cumprimentou os agricultores "de todas as esferas", que compõem "rico tecido produtivo". Tarso avaliou que as diversas "vozes" que participaram da solenidade fazem com que o debate tenha um nível elevado.
- Não podemos perder de vista que o campo gaúcho está crescendo, se qualificando e se desenvolvendo em todas as esferas - concluiu o governador.
Presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto defendeu a unificação de ministérios que tratam de questões referentes à agricultura e à pecuária. Em seguida, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Carlos Joel da Silva, sustentou o contrário, acrescentando que o Ministério do Desenvolvimento Agrário mudou a agricultura familiar.
Servidores da Justiça Federal fizeram protesto
Foto: Fernando Gomes/Agência RBS
Confira como foi a cobertura ao vivo da cerimônia