Levantamento da assessoria econômica da Federação da Agricultura do Estado (Farsul) mostra que 2013 foi um ano, de fato, espetacular para a venda de máquinas. Dados do Banco Central mostram que no Rio Grande do Sul os investimentos em máquinas e equipamentos agrícolas somaram R$ 3,086 bilhões. Uma alta expressiva de 81% em relação ao ano anterior - ainda que se considere a baixa base de comparação de 2012, quando a seca emperrou nossa economia.
- É uma cifra expressiva, maior do que a de investimentos de indústrias que devem se concretizar no Estado em 2014 - compara Antônio da Luz, economista da Farsul.
Ainda segundo a nota técnica, para cada R$ 1 usado pelo governo estadual em investimentos, os produtores, só em máquinas e implementos, aplicaram R$ 2,16. Mas os dados também fazem voltar à tona uma polêmica surgida durante a Expointer. A feira anunciou vendas de máquinas de R$ 3,27 bilhões. Somando os negócios anunciados na Expodireto, seriam R$ 5,77 bilhões. O valor efetivamente negociado no Estado representa 53% dessa quantia.
- A Expodireto não vende só para o Estado. Os números divulgados são de pedidos oficiais protocolados nas instituições financeiras - afirma o presidente da Expodireto Cotrijal, Nei César Mânica, lembrando que existe um caminho entre o pedido e a aprovação.
O dirigente chegou a cogitar, no lançamento da feira, no mês passado, não divulgar os resultados desta edição para evitar que os números ofusquem o que considera o foco da feira: fazer o produtor ter acesso às grandes inovações do setor.
Ponto em que Da Luz concorda: o evento tem sido "importantíssimo" para mostrar "a indústria ao produtor" e tem impacto também à cidade.
- Os números das vendas consolidadas, por si só, são grandiosos. Dados que não são reais atrapalham o mercado - pondera o economista.