Os efeitos do calor das últimas semanas sobre a produtividade das lavouras de milho no Estado aparece pela primeira vez nos levantamentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2013/2014. O quinto estudo divulgado pelo órgão, nesta terça-feira, também ressalta a grande redução na área plantada com feijão no Rio Grande do Sul. A queda foi de quase 75% em relação ao ciclo 2012/2013. A colheita não deve passar de 7,3 mil toneladas, ante 27,9 mil do ciclo anterior.
- Há falta de mão de obra para o feijão, não tem uma cultura mecanizada de plantio e é feita em pequenas propriedades, em geral. E também se deve pela abertura de áreas para a soja - explica o superintendente regional substituto da companhia no Estado, Ernesto Irgang.
Sobre a perda de volume no milho, Irgang considera que ocorre como reflexo pontual da falta de chuva em lavouras nas regiões do Planalto Médio e Noroeste e avalia que não é um cenário preocupante.
- Essa queda está inserida no contexto normal para esta época do ano, de escassez hídrica. Também teve algumas lavouras de soja afetas, mas em menor intensidade - ressalta o representante da Conab.
Enquanto no milho a estimativa de produtividade caiu, em relação ao levantamento anterior, de 5,21 mil toneladas por hectare para 4,92 mil (5,5%), a perda prevista para a soja na mesma comparação é de 1,3%, passando de 2,71 mil toneladas por hectare para 2,68 mil.
