A confirmação da identificação da lagarta Helicoverpa armigera nas lavouras de cinco municípios gaúchos na atual safra, por enquanto, não irá alterar a forma de combate à praga no Estado. Segue a aposta no monitoramento e na vigilância constante dos produtores, com a ajuda das armadilhas espalhadas por diferentes regiões por órgãos e entidades públicas - e também com a ajuda de parcerias com a iniciativa privada.
- Nosso entendimento é de que se está longe da necessidade de declaração de estado de emergência fitossanitária - reafirma o chefe do serviço de sanidade vegetal da superintendência do Ministério da Agricultura, Jairo Carbonari.
Na noite de terça-feira, o laboratório da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) confirmou, segundo o professor Jerson Carús Guedes, a ocorrência da lagarta também em Estrela Velha. É o sexto município gaúcho com a presença da praga. Oficialmente, o laudo ainda não havia sido encaminhado à superintendência, segundo Carbonari.
Ainda assim, hoje, o chefe da divisão de defesa fitossanitária e a chefe da divisão de fiscalização de agrotóxicos e sementes da Secretaria da Agricultura do Estado irão até o município verificar a situação. Para José Candido Motta, coordenador da gerência de defesa vegetal da secretaria, até o dia 20 deste mês já se deve ter um quadro mais claro sobre a ocorrência da praga no Rio Grande do Sul e sua agressividade.
- Hoje, tecnicamente, qualquer emergência fitossanitária está descartada. Mas vamos tomar as medidas que forem necessárias - pondera Motta.
O anseio pelo decreto vem da Associação dos Produtores de Soja do Estado, que enviará ofício ao Ministério da Agricultura. Na prática, porém, o pedido tem de ser encaminhado pela Secretaria da Agricultura, passando, necessariamente, pelo crivo do grupo de trabalho criado para tratar do problema.