A satisfação dos produtores com o bom desempenho das lavouras de verão impulsionou o aumento de 128% nas negociações da Expodireto, em Não-Me-Toque. O valor de R$ 2,52 bilhões em comercialização é o maior de todas as 14 edições da feira.
No último ano, quando a seca frustrou os agricultores, foram R$ 1,11 bilhão em negócios.
O presidente da Cotrijal, Nei Mânica, afirmou ter se surpreendido com o valor negociado. Antes da feira, estimava apenas superar a comercialização do ano passado.
O destaque desta edição foram os bancos de fábrica, que tiveram alta de 205%. O volume de negócios aumentou de R$ 141 milhões em 2012 para R$430 milhões este ano. O setor internacional foi o segundo que mais cresceu. Os visitantes de 74 países, três a mais do que no último ano, movimentaram R$ 237 milhões na feira. O valor é 132% maior do que o de 2012, quando os estrangeiros negociaram R$ 102 milhões.
Segundo a avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado (Simers), Claudio Bier, além da boa safra de soja estimada, o crédito abundante e a taxa de juros baixa contribuíram para o aumento nas vendas da feira. Na última edição, a taxa de juros dos financiamentos era de 5,5% ao ano, mais do que o dobro da oferecida atualmente, de 3%.
- Nós estamos tremendamente satisfeitos com o resultado da feira. Trabalhávamos com um número de R$ 2 bilhões em vendas - diz Bier.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou nesta semana a estimativa de safra recorde de soja no Estado, com produção de 12,19 milhões de toneladas, 86,8% maior do que no último ano, quando a seca frustrou as expectativas dos produtores. Este ano, que contou com a ajuda do clima, a safra de grãos gaúcha deverá ser a segunda maior da história, com 27,67 milhões de toneladas.
O público da Expodireto também foi recorde. Este ano, a feira recebeu 223 mil visitantes, 20% a mais do que na última edição, quando 185 mil pessoas passaram pelo Parque de Exposições.