A água avermelhada da Lagoa dos Patos, característica da enchente no Rio Grande do Sul, está "vazando" para o Oceano Atlântico, como mostram imagens do satélite Sentinel-3, do Laboratório de Oceanografia Dinâmica e por Satélites (Lods) da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Mesmo com o vento do quadrante sul, não há represamento total e esses materiais passam ao mar por meio dos Molhes da Barra de Rio Grande, no sul do Estado.
Em entrevista à GZH no meio de maio, Fabrício Sanguinetti, coordenador do Lods, explicou que a água avermelhada é oriunda do Guaíba e é rica em sedimentos em suspensão, ou seja, partículas sólidas como areia, lama, argila e matéria orgânica.
Conforme o pesquisador, não é possível quantificar a duração da situação, já que os fatores determinantes estão ligados à imprevisibilidade da natureza. Por tempo indeterminado poderá haver impacto na utilização dos recursos da Lagoa dos Patos, como balneabilidade do local e pesca.