Uma nuvem em formato de funil foi vista em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, na manhã de segunda-feira (25). A Sala de Situação do Estado e a Defesa Civil garantiram que o fenômeno não se trata de um tornado. Pelas imagens de radar, é possível ver apenas uma área de forte instabilidade sobre a região.
Segundo a Climatempo, a nuvem funil é o primeiro estágio do desenvolvimento de um tornado. O fenômeno está associado a nuvens de tempestades e não é considerado um evento raro nesta época do ano. Para ser considerado um tornado, é necessário que a ponta da nuvem toque o solo.
As imagens registradas na localidade da Pampeiro pela produtora rural Gabriela Foletto não mostram a nuvem tocando o chão, embora, segundo ela, o fato tenha acontecido. De acordo com a Defesa Civil, seria necessário um vídeo mais longo com a nuvem tocando o solo para poder afirmar que houve um tornado. Nos radares de monitoramento, há apenas uma área de instabilidade.
Caso o tornado fosse confirmado, não seria um evento incomum. Isso porque o Rio Grande do Sul faz parte da região conhecida como "corredor de tornados", juntamente com Santa Catarina e o Paraná.
O meteorologista do Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas (CPPMet/UFPel), Henrique Repinaldo, lembra que a maioria dos relatos de tornado no Brasil ocorrem nas regiões oeste do RS e SC, que se assemelham geograficamente aos Estados Unidos.